Quando Maria era bebê, ela tinha imensa dificuldade para relaxar e dormir. Esse momento do sono era um problema. Até hoje temos dias de intensa dificuldade e eu conto um pouco sobre isso aqui.
Continuando…. por ela ter essa dificuldade eu passava as vezes 2 ou 3 horas andando pela casa, ninando, cantando, a balançando nos braços até ela conseguir dormir.
Um dia, ela estava com uns 2 meses na época, eu precisei leva-la até o pediatra pois ela apresentou uma alergia no rosto. Saindo do consultório, Maria chorava muito e eu, doida pra ir pra casa ,dei prioridade para achar um taxi.
De longe, vi um único taxi no ponto, e lá longe uma moça ia em direção ao mesmo carro. Não pensei duas vezes, falei: Mãe, vamos correr, porque senão a moça pega o último taxi.
É minha gente, eu disputei o taxi com a moça que ficou sem entender nada vendo uma senhora e uma moça com bebê no colo chegando correndo. Kkkkkkkkkkkkk….
E quando entrei no taxi vi que Maria dormia profundamente!!! Ela dormiu em 15 segundos, literalmente! Naquele dia percebi que ela gostava de balançar com mais vigor, digamos assim e comecei a niná-la dessa maneira em casa também.
E sim, eu andei vigorosamente pela casa sacudindo a criança e fui bem sucedida durante meses! O “método de balanço vigoroso” (hahahaha…) não funcionou mais porque o padrão de sono dela mudou, o que me fez ter que aprender novas técnicas.
Enquanto ela crescia, sempre que precisava de consolo ou acalento ela sentava no meu colo e pedia para balançar. Às vezes até na hora de dormir ela me abraçava e balançava. Eu achava que ela sentia falta do colo e dos balanços que ele já havia proporcionado, até descobrir o autismo e estudar sobre regulação emocional.
Maria sempre soube que balançar a acalmava e utilizava o meu colo quando não conseguia fazer isso sozinha. Utilizava não, utiliza, porque até hoje ela me pede isso quando está muito nervosa.
Algumas vezes, quando já estamos deitadas, eu percebo que ela está completamente desregulada e sem conseguir pegar no sono, e eu a abraço e começo a balançar. É questão de minutos até ela relaxar e conseguir pegar no sono.
Compreender que isso é uma forma de stim prazeroso e calmante fez toda diferença pra mim. E consequentemente para ela também que passou a ver isso com naturalidade e sente liberdade para usar sempre que precisa.
É de extrema importância que a gente entenda e identifique esses momentos onde as crianças solicitam, silenciosamente, a corregulação. Não é frescura, manipulação, nada disso. É uma necessidade! Crianças típicas também solicitam corregulação.
Então, explicando melhor a autorregulação é a estratégia que desenvolvida, centrado em si mesmo. Quando há uma situação de ansiedade a criança usa estratégias de autorregulação, como colocar coisas na boca, balançar as mãos ou pernas, levantar, pular, andar de um lado para o outro. Tudo isso buscando acalmar as emoções.
Corregulação depende da troca emocional com o outro. A capacidade de corregular a emoção acontece através da presença, do toque, do olhar, do tom de voz dos pais ou cuidadores.
Me contem se vocês já conseguem identificar os momentos em que suas crianças buscam a regulação emocional ou se ainda tem dificuldades.
Um abraço
Simone Rocha 💜🐞
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