Estava aqui lembrando de um conselho que recebi da minha mãe quando Maria tinha uns 3 meses. Ela me disse:
Quando eu ganhei Maria eu tinha 33 anos e na minha cabeça eu devia estar melhor preparada, afinal fui mãe “tarde”! E se eu era uma mulher experiente porque eu não estava aguentando? Porque a maternidade pra mim parecia impossível? Porque minha casa parecia que tinha passado um furacão e na casa de outras tantas não era assim?
Eu tentava dar conta de tudo e falhava miseravelmente!
Eu sentia vergonha de dizer que não entendia o que estava acontecendo. Eu não pedia ajuda a ninguém, nem virtualmente. Eu senti uma solidão que nunca havia sentido antes. Em meio a mamadas, trocas de fraldas e chamegos, eu chorava porque eu não estava entendendo nada daquilo!
E é assim que 100% das mulheres entram na maternidade. Sem saber nada vezes nada! A gente aprende com suor e lágrimas. Apesar disso, a sociedade nos enxerga como se sempre soubéssemos tudo. Fomos criadas pra isso né? Só que não!
O que me salvou, além desse conselho da minha mãe, foi entender o que se passava comigo e com minha filha em cada etapa do nosso desenvolvimento. Porque eu chorava tanto no pós parto? Porque eu sentia aquela tristeza toda, mesmo amando loucamente meu bebê? Porque ela só quer colo? Porque ela quer mamar o tempo todo? E a medida que a gente crescia, eu ia lendo, estudando e me preparando para o que viria.
A gente devia falar mais sobre maternidade! Não sobre o quanto é lindo ter filhos. Mas sobre como, apesar de maravilhosa, a maternidade é difícil! Falar como é necessário buscar apoio emocional, mas também teórico. Acredite, o seu “instinto” não vai saber dar conta de tudo sozinho. É preciso se preparar entendendo o que se passa com você e com seu bebê desde a gravidez.
Hoje em dia, eu vivo uma maternidade com nome diferente, mas que segue sendo o mesmo desafio. E até hoje tem dias que eu me sinto completamente perdida e sem saber como eu vim parar aqui! Mas com uma diferença: eu defini meus limites, eu construí uma rede virtual de apoio, continuo lendo, buscando informações para aquilo que não compreendo e deixo o que não é importante para depois! A prioridade somos nós duas!
Me conta qual foi ou está sendo sua maior dificuldade depois de ser mãe?
Um abraço!
Simone Rocha
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