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 Epidemia de diagnósticos

É muito comum ler que hoje em dia há uma “epidemia de diagnósticos” quando se trata de autismo e TDAH. Acredita-se que está aumentando assustadoramente o número de diagnósticos que antes não existiam.

A verdade é que sempre existiram e o aumento dos diagnósticos se dá pela melhoria dos estudos na área, o que permitiu difundir melhor os critérios e atingir mais pessoas, tanto crianças como adultos.

Porém não quero falar sobre aspectos técnicos, quero comentar sobre o senso comum de que existe um excesso de diagnóstico e que isso está destruindo a infância. Outro dia a Carol do @psicomaternando comentou sobre isso e achei interessante debater aqui.

Muitas crianças com problemas de aprendizagem, fala ou comportamento terão algum diagnóstico ainda na infância. Alguns vão passar batido e só na vida adulta, diante da agravação dos problemas, é que serão diagnosticados. A verdade é que parece, pelo número de pessoas diagnosticadas na vida adulta, que os diagnósticos na infância tem sido falhos.

Diz-se muito que estão medicalizando a infância, que comportamento comuns são tidos como patológicos e que é necessário deixar a criança brincar e ser criança. Que o problema são as escola engessadas e pouco acolhedoras. Que o problema são os pais que não passam tempo suficiente com os filhos. Todas essas possibilidades não geram transtornos do neurodesenvolvimento, pois eles tem base genética. Mas, sim, podem agravar quadros de crianças que já nasceram assim.

Percebo que no imaginário das pessoas diagnóstico é igual a medicação e estigma. E não é!

Para crianças, jovens, adultos com algum transtorno e suas famílias diagnóstico é início de uma nova vida. O diagnóstico é a resposta a tantas questões não respondidas. A tantos comportamentos discrepantes e sem explicação. Se você não percebe essas questões, é porque você não convive suficiente com aquela criança para perceber.

Alegar que estão fazendo diagnósticos em excesso é não ter a mínimo noção do que é a busca por um diagnóstico. A luta para achar um profissional especialista que vá acolher as angústias e dúvidas da nossa família. É não ter conhecimento do quanto muda a nossa vida após um papel contendo um CID. A Maria por exemplo, ficou quase 1 ano em observação através das terapias até ter o diagnóstico formal. E mesmo após o diagnóstico ela fez um teste neuropsicológico durante 3 meses para termos certeza do diagnóstico e de possíveis quadros coexistes ou comorbidades.

A gente gasta um mundo em dinheiro e saúde mental para alguém vir dizer que “ela não tem nada”, “que criança é assim mesmo”, que “hoje em dia tudo é autismo e TDAH”. Francamente!

O que eu entendi, nos 4 anos de imersão no tema é que nem todas as crianças vão precisar de medicação, mas se precisarem é importante que tenham acesso através de um diagnóstico bem feito. Buscar profissionais capacitados para a função pode ser difícil, sabemos que existem péssimos médicos, mas mesmo assim é importante buscar respostas.

É muito importante que as pessoas entendam que nem tudo é da criança. Existem dificuldades e comportamentos que precisam ser avaliados. Não é a falta de diagnóstico que vai proteger a criança de ser autista ou TDAH. Antes o contrário! Não ter diagnóstico prejudica a busca por direitos em todos os âmbitos da sociedade e ainda dificulta o autoconhecimento.

Um adulto autista ou TDAH não diagnosticado ou tardiamente diagnosticado pode ser o adulto a precisar de remédio controlado o resto da vida por mascarar a vida toda quem é de verdade.

Pensem nisso!
Simone Rocha
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