Outro dia fiz um texto para o Instagram, onde relatei um incômodo com as instruções da Dra, pois ela tentou interferir na minha escolha de quando dar um presente de aniversário para a minha filha.
Para quem tiver interesse em ver, vou deixar o link do Reels aqui -> https://bityli.com/BgbUWl
Resumindo a situação, ela estava dando instruções sobre melhoria de sono e perguntou sobre os eletrônicos que Maria tinha. Ela respondeu que ganharia um tablet no aniversário e a Dra disse que ela só ganharia se começasse a dormir mais cedo. Esse diálogo não foi combinado comigo e não era uma forma justa de negociar modificações de rotina com uma criança que não tem controle sobre o próprio sono. Ainda mais essa criança sendo autista.
Pois bem, uma pessoa se sentiu incomodada com a forma como eu conduzi a situação, pois eu não aceitei essa negociação e ainda afirmei que decisões familiares não são negociáveis em consultório. Segundo essa pessoa eu não deveria questionar as instruções da médica.
Isso me alarmou um pouco, pois deixa claro como as pessoas são “reféns” da relação médico x paciente. E isso é realmente preocupante!
Sabemos que essa é relação onde estamos em desvantagem. Dentro de um consultório o especialista é uma autoridade e quando buscamos auxílio, devemos ouvir e acatar a indicação médica. Mas o que não fica claro é que nós, enquanto pacientes, temos o direito de: não gostar do profissional, não gostar da linha de tratamento, não gostar da forma como fomos atendidos e etc.
É seu direito não gostar! É seu direito buscar uma segunda opinião. É seu direito não confiar na linha de tratamento. Isso não te faz negligente!
Existem muitos profissionais sem ética em suas abordagens e técnicas. Ouço relatos constantemente de situações abusivas, abordagens vexamosas, tratamentos com remédios caros que o amigo dono da farmácia faz mais barato. Isso acontece mesmo! Sabemos disso!
Buscando da memória, lembro de casos onde um médico renomado receitava altas doses de vitamina D para curar autismo. Um outro médico renomado também é a favor do MMS (solução mineral milagrosa que é nada mais que água sanitária) para curar de A a Z. Inclusive muitos pais fizeram enema nos filhos autistas causando descamação da flora intestinal e trauma.
Imagina se ninguém nunca tivesse questionado essas posturas e linhas de tratamento?
Então, questionem sim! Estudem sobre os problemas que vocês enfrentam e debatam com os médicos sobre o tratamento. Ter informação não é ofensivo! Responder dúvidas é obrigação!
E acima de tudo, jamais deixem que qualquer profissional interfira na forma como você educa seus filhos. Na situação que contei no início do texto a médica jamais poderia decidir sobre minha filha ganhar ou não um presente.
Não estávamos discutindo sobre tratamentos ou remédios. Eram adaptações de rotina familiar, que ela no máximo pode propor mudanças, mas jamais decidir por mim e pelo meu marido.
Por fim, deixo claro que esse texto não é para demonizar os profissionais de saúde. Nós precisamos deles e eu tenho muito respeito pelos profissionais que atendem a Maria. Mas é preciso delimitar esse relacionamento.
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Simone Rocha
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